terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O Que Vai, Volta‏

Cada um de nós tem uma lista de pessoas com as quais sabemos que podemos contar. E para a maioria de nós, se não todos, essa lista é bem pequena, e não porque não sejamos afetuosos, amigáveis ou carinhosos.
É porque a maioria dos nossos relacionamentos existe para nos servir.
Quando você liga para um amigo para ir ao cinema ou vir a sua casa para assistir a um jogo, você não está fazendo isso por ele, mas por você. É verdade, eles podem se divertir durante o programa. Mas, geralmente, o objetivo não é esse.
Isso acontece porque em vez de buscarmos pessoas a quem dar, nós nos concentramos em buscar pessoas que possam nos dar. Assim, quando ligamos para um amigo procurando alguém para fazer um programa, nós não somos melhores do que um operador de telemarketing que nos liga na hora do jantar. Um operador de telemarketing quer alguma coisa de nós; nós queremos alguma coisa dos nossos amigos.
Nós acabamos nos limitando a passar a maior parte do nosso tempo com pessoas que nos dão, em vez de nos concentrarmos em buscar pessoas a quem podemos dar.
O problema é que às vezes achamos que precisamos de alguém, quando na verdade não precisamos de ninguém. A nossa energia – que significa a nossa confiança, inspiração, autoestima, força – tudo isso tem que vir da Força de Luz do Criador, e não de um ser humano. Não é errado querer contato humano, mas é muito mais poderoso ter contato humano sem se sentir necessitado desse contato.
Você já olhou a sua volta e sentiu que não compreendia as pessoas na sua vida, ou que elas não compreendiam você? Talvez você tenha se sentido inferior, ou até superior? Isso acontece porque não buscamos almas a quem dar. Buscamos almas que nos dão.
Esta semana, eu desafio você a pensar sobre seus relacionamentos. E não apenas a pensar de modo diferente, mas a agir de modo diferente.
Em vez de analisar o que você recebe de cada um de seus relacionamentos, pergunte a si mesmo:

- Como eu posso ser útil a essa pessoa?

- Será que eu realmente conheço os problemas dessa pessoa?

- Essa pessoa sabe o que sinto em relação a ela?

- Estou nesse relacionamento como um receptor (quem toma) ou como a Luz (quem dá)?

Se nós compartilhamos da maneira certa, sempre recebemos de volta. A natureza do universo é essa. Pode ser que não recebamos imediatamente, mas precisamos saber que o que vai, volta.
E esta semana, se nos afastarmos de ser alguém que toma e nos aproximarmos de ser alguém que realmente dá, criaremos uma mudança enorme, não apenas para nós, mas para o mundo.

Yehuda Berg

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